Quem ama realmente a Ucrânia?

(Hugo Dionísio, in Facebook, 31/08/2023)

Daqui a uns dias, a mais absurda “contraofensiva” da história da guerra moderna completará os 3 meses de aniversário. Dezenas de milhares de homens mortos e feridos, centenas de carros de combate destruídos, esta “contraofensiva” preparada pelos “altos” padrões da NATO, comandada pela “inteligência” da NATO e armada com as míticas armas da NATO, não logrou, sequer, chegar à designada linha Surivikin, nomeadamente à primeira de uma série de barreiras fortificadas, atrás das quais aguarda uma reserva militar russa de mais de 250.000 homens que ainda não entraram, sequer, em combate. Para além de uma meia dúzia de vilarejos despovoados, localizados na zona cinzenta, não podemos, com seriedade, contabilizar um único sucesso militar da mais propalada, propagandeada e transparente “contraofensiva” da história.

Rabotino, um vilarejo que no seu esplendor pré-conflito tinha 488 residentes, foi subitamente transformado num significativo e estratégico marco geográfico. Sem qualquer casa de pé, localizado em terra de ninguém e sendo apenas o primeiro ponto de passagem de uma “contraofensiva” que deveria ter chegado há mês e meio atrás ao mar de Azov, continua a revelar-se inultrapassável para as forças do regime de Kiev. E tantas vezes a máquina de mistificação social – que designam como “comunicação social” – anunciou a tomada deste “importantíssimo” vilarejo! Há uma semana era o orgulhoso e arrogante General da NATO, Mark Milley. O tal que dizia que, sob o seu comando e sem apoio aéreo, as forças que comanda, à distância de um clique do seu rato, chegariam a Azov nuns dias (chegou a falar-se em dias!), e que se recusa a ver a sua “contraofensiva” como falhada. Há dois dias foi a vice-ministra da defesa quem o anunciou.

O que é que esta realidade tinha de inesperado? Absolutamente nada! Talvez apenas a teimosia, frieza psicopatológica e teimosia senil, por parte do regime de Kiev, em seguir os ditames dos seus mestres ocidentais e, seguindo-os, continuar a atirar para a morte certa centenas de milhares dos seus homens e mulheres. Para Mark Milley é fácil dizer “não podemos deixar-nos impressionar com as elevadas baixas humanas”. O que já não é compreensível é esta frieza encontrar-se também nos corações da oligarquia política e económica que dirige, hoje, o horrível destino do país “404”.

Se, sem mobilização total, o povo trabalhador era literalmente arrancado à sua vida, fosse na rua, em casa ou nas compras… Como será, agora que foi lançado o próximo passo da loucura? Se, até aqui, o regime tem sobrevivido porque tem enviado para a morte as camadas mais pobres do país, sem voz pública para se fazerem ouvir; daqui para a frente, será o que resta da classe média e pequeno-burguesa a serem afectadas, a não ser que paguem, aos sempre largos bolsos da corrupção, de um regime que, também pela corrupção, aceitou destruir o seu próprio país.

Segundo um estudo apresentado por Scott Ritter (actualmente censurado no Youtube, por dizer demasiadas e inconvenientes verdades) realizado a partir de dados de satélite em que se contabilizou o aumento do número e dimensão dos cemitérios Ucranianos, desde Fevereiro de 2022 estima-se que tenham morrido cerca de 1 milhão de pessoas como resultado da guerra.

Estes são os episódios que faltam na narrativa dos países NATO. Nas fontes informativas NATO, as forças russas estavam “desmoralizadas, mal equipadas, com armas antigas e em mau estado, em motim permanente e comandadas por gente incompetente, cobarde e corrupta”. A sempre prestável Ana Gomes, quando de propaganda se trata, dá-vos um curso sobre como descredibilizar, desumanizar e ridicularizar o inimigo (sem gasóleo para tanques, lembram-se?). Milhazes, sai do curso e fará o resto, escreverá livros, artigos e monólogos inflamados, desdizendo tudo o que disse até 1991. O facto é que, parece que, gente como eles, exageraram tanto na carga de combustível que, a dada altura, os próprios comandantes NATO e os seus patrocinados, começaram a acreditar nos filmes de Hollywood em que se tornaram os telejornais, confundindo-os com a própria realidade. Foi tão caricato que surgiam comentários de comandantes ucranianos afectos ao regime de Kiev, nas redes sociais, dizendo que, quando a “contraofensiva” começasse e os russos os vissem, logo desatariam a fugir e a render-se.

Mesmo depois do fracasso do lançamento da “contraofensiva” e do constante bater com a cabeça na parede… Nos EUA começaram a surgir ecos, em especial nos órgãos de enviesamento republicano, em que, envergonhadamente e sempre na lógica de “uma no cravo, outra na ferradura”, alguns articulistas, politólogos e analistas começaram a reconhecer o fracasso da coisa e a desconexão entre a realidade observada e a realidade avaliada.

Contudo, na Europa, em especial aqui no nosso burgo, todos continuaram a acordar, de manhã, com “as forças de Kiev estão a avançar”. Com excepção dos mesmos de sempre, objectividade foi coisa que continuou a não existir, nos meios mainstream. O avanço reportado é tanto que, por esta hora, as forças do regime de Kiev já deveriam ter chegado a Vladivostok.

Na semana passada a CNN Portugal chegou mesmo ao cúmulo de dizer “as forças de Kiev chegaram à Crimeia”. Um barco, com uns quantos suicidas, para efeitos de propaganda mediática, conseguiu, pela calada da noite, chegar à costa e lá colocar uma bandeira, filmar e fotografar. Morreram todos. Esta parte a CNN Portugal não contou. Aliás, mostrou mesmo imagens de veículos militares russos nas ruas de Sebastopol, apresentando-as de forma ao espectador pensar que estaria a ver a tal “unidade” das “forças especiais” de Kiev. Na mesma peça diziam que as forças de Kiev tinham atingido a “linha mais importante de defesa das forças russas”, não dizendo que se tratou de uma incursão suicida que acabou como a da Crimeia. E, por fim, ainda diziam que Kiev tinha feito o maior ataque de drones desde sempre, não dizendo que tinham sido praticamente todos detectados e abatidos ou aterrados por meios de guerra electrónica.

O mesmo tipo de análise é feito quando, numa fase já de total desespero, o regime de Kiev recorre ao terrorismo puro e duro, atirando drones e bombas contra alvos estritamente civis, perpetrando actos de pura execução terrorista, contra determinadas pessoas, cujo único pecado é o de pensarem diferente. A estes actos os órgãos da “credibilidade” e do “fact-checking” apelidam de “ataques”, ou então, fazem como o Milhazes, que os refere como “ataques terroristas”, mas nunca diz quem os perpetrou. A outra técnica é apontar sempre para o Kremlin. O NordStream? Foi o Kremlin; a barragem? Foi o Kremlin; A central nuclear? Foi o Kremlin; Prigozhin? Foi o Kremlin… Quem o diz? “Fontes” da “inteligência britânica”, “americana” ou das “forças ucranianas”!

Ninguém esperaria que, do ponto de vista editorial, estes órgãos tomassem o partido dos “inimigos” declarados. Não podemos também esperá-lo das fontes russas, iranianas, indianas, turcas, latino-americanas não-alinhadas com o Ocidente, sauditas… Mas qualquer dos órgãos de comunicação mais representativos destes países, pela minha experiência, mesmo tomando o partido de quem os domina (há sempre quem domine), faz análises mais alargadas, diversificadas e objectivas do que os órgãos ocidentais.

A comprová-lo…. Está a própria realidade. Uma das características da comunicação capitalista na sua fase neoliberal consiste em alienar o espectador da realidade histórica e factual. Não lhe contando a história, ou apenas revisitando-a de forma parcial ou enviesada, o espectador é remetido para uma realidade desconectada entre si, perdendo a capacidade de organização da informação e passando a depender, ainda mais, do emissor informativo que causa essa dependência.

Notícias surgem, todos os dias, nos nossos jornais, sobre como o sector industrial – em especial no norte do país – se prepara para enfrentar uma enorme crise, em resultado da destruição da base industrial alemã e europeia, em geral. Mais uma vez, como no caso do fracasso da “contraofensiva”, a crise inflacionária, energética, alimentar e industrial na Europa, também nada traz de novo a todos os que, a partir de certa altura (24/02/2022 foi apenas um catalisador), optaram por passar a informar-se em órgãos de comunicação alternativos, passando a integrar a informação ocidental, num leque variado de fontes, ao invés de a utilizar como “a única fonte”.

Vejamos, uma vez mais, o caso ucraniano, para percebermos como diverge a realidade da narrativa que passa nas TV’s, jornais e livros ocidentais. Diz a narrativa oficial, marcada a letras de ouro nos instrumentos legais da UE, que a Ucrânia sempre foi muito maltratada pelos russos e, ainda pior, pelos bolcheviques. Tal é a narrativa que, até se inventou um genocídio alimentar programado só por vingança. Segundo a narrativa, nunca a Ucrânia, ligada à Rússia, poderia almejar qualquer tipo de liberdade e desenvolvimento. Diz a narrativa que, a história soviética da Ucrânia foi um desastre para o povo ucraniano.

O que nos dizem os factos, a realidade? Primeiro que o ódio ao comunismo era tal que o Presidente Kuschma, do PCU, ganhou todas as eleições até à “revolução Laranja”, fomentada pelos EUA, em 2004. E a “revolução laranja” tratou-se de uma artimanha engenhosa e inconstitucional (eleições presidenciais com uma 3ª volta) fomentada pela CIA, para fazer eleger um presidente que lhe fosse simpático, uma vez que já haviam perdido as esperanças em destronar Putin na Rússia.

Segundo, os pais da República ucraniana são os bolcheviques. Até à fundação da República Socialista Soviética da Ucrânia em 25/11/1917, a Ucrânia era uma região do império russo. Era a “ucrânia (fronteira) da Rússia”, território disputado pelos vários impérios adjacentes ao longo de séculos. Para agravar ainda mais o “ódio” bolchevique à Ucrânia, foi Lenine e não outro que, em 1918 lhe junta o Donbass. Porquê? Porque a “odiava” tanto que queria juntar regiões industrializadas russas, para que, com estas, o território ucraniano, como um todo, se pudesse desenvolver. E como se desenvolveu. 

Com um “ódio” ainda mais doentio, Krushev, em 1954, para reforçar a amizade entre russos e ucranianos, fez integrar o oblast da Crimeia (região autónoma da Rússia), na república ucraniana. Afinal, a água e electricidade da Crimeia vinha da Ucrânia.

O ódio era tão grande e irracional que a evolução demográfica da RSSU diz tudo: Em 1922 tinha 26,2 milhões de habitantes; em 1940 tinha já 41 milhões (e tantos que o “Holodomor” fantasiosamente matou); 31,4 em 1946, graças a Bandera; 51,6 milhões em 1990. Em 1991 já passavam dos 52 milhões. Um ódio tão grande que a população duplicou em menos de 70 anos. Parece a Portuguesa e a da Europa ocidental, não é? Era um território tão mau para se viver que a população duplicou em 69 anos!

Depois, de acordo com a narrativa NATO, veio o amor ocidental. E o amor ocidental foi um sucesso. Mas não para o povo ucraniano. Se na URSS a Ucrânia chegou a ser a 5ª economia europeia e a 10ª do mundo, de 1991 a 2004 era um país com indústria de aviação, aeroespacial, gás, petróleo, uma potência agrícola, mineira, um país letrado, de gente inteligente, culta e com todo o potencial para, mesmo após o colapso da URSS, poder continuar como um potentado europeu. Tudo produzia a Ucrânia, naquele conceito “ultrapassado” de soberania e independência nacional, de que os comunistas tanto gostam, mas que é indispensável para sermos livres nas nossas escolhas e destino colectivo e individual. Mesmo vítima da corrupção crescente, assim mesmo, em 2001, a Ucrânia tinha ainda 48,5 milhões de pessoas.

O “amor” ocidental, o “apoio” e a “cooperação” fizeram cair a população do país para 45,2 milhões em 2014; 39,4 em 2015 (saída da Crimeia); 37,3 em 2022 e 26,5 em 2023. Este país deveria ter, continuando o seu ritmo normal de 1990, cerca de 55,6 milhões…. Tem metade! De revolução “democrática” em revolução “democrática”, tornou-se tão bom aí viver que, entre 2001 e 2023, o país perdeu mais de 22 milhões de pessoas. Um sucesso, esta “cooperação” com o Ocidente.

O país passou de ser uma potência económica, para se tornar o mais pobre da europa, estando hoje ligado à máquina de dólares, para não morrer. Literalmente. A Blackrock, Monsanto e outras corporações “amigas” têm comprado, a preço de saldo, tudo o que resta, a indústria está destruída e, em virtude das “vitoriosas” aventuras militares em que se empenharam, estão prestes a perder a ligação ao mar. Ou seja, a paixão do Ocidente pela Ucrânia é de uma toxicidade mortal. É uma espécie de “atracção pelo o abismo”. Ao contrário do que se propagandeia, o país não tem liberdade de expressão, cultural, étnica ou política. Neste país, a única garantia que existe é, ou pagar-se ou ir para à linha da frente, contra os russos, porque o tio Sam manda. Foi para isso que EUA e Inglaterra boicotaram o acordo de Istambul, em Março de 2022. Em cima disto tudo, o país deve mais de 100 biliões aos seus “credores” americanos e europeus. Mais de metade em armas que, ou já queimaram, ou ainda faltam queimar. E como ardem as “wondewaffe” ocidentais, quando levam com os ultrapassados mísseis, drones e projéteis russos.

Seja pela guerra, pela anexação do Donbass e Crimeia pela Rússia ou pela destruição da rede social, económica e cultural existente, este país só está onde está por causa da sua aproximação ao Ocidente e da engenharia social a que a CIA o submeteu, em especial, a partir de 2001. Uma vez mais, esta realidade contrasta totalmente com a narrativa ocidental. Contudo, e também uma vez mais, é corroborada por tantos e tantos países aos quais aconteceu o mesmo. Letónia, Estónia e Lituânia, têm hoje metade da população que tinham em 1991 e das mais baixas taxas de fertilidade do mundo. Qualquer um deles, a ver pelos gastos militares (os mais altos da NATO em % do PIB) e em conjunto com a Polónia, já tirou a senha para se atirar à Rússia, quando a Ucrânia estiver humanamente esgotada. O que, pelas palavras do próprio NYTimes, já acontece. Eis o sucesso do “amor” ocidental.

Assim, três meses após o início de uma contraofensiva que se anunciava falhada, vale a pena relembrar que, quando se tornar, por força das circunstâncias, impossível ao regime de Kiev continuar a acreditar que pode vencer a guerra, há quem o tenha visto, dito e escrito desde o início da “aventura”. E não são poucos… Não passam é na TV!

Quando a Europa se encontrar em pior situação do que aquela em que já se encontra, houve quem o tenha dito, visto e anunciado logo que se instalou a tentação para o abismo. Não se trata de adivinhação: trata-se de diversificação das fontes de informação, sem preconceitos e fugindo à bolha comunicacional que Google, Facebook e Youtube nos colocam à frente.

Nenhuma narrativa substitui a realidade. Apenas a pode esconder por algum tempo. E a realidade diz-nos que a Ucrânia está a morrer e quem a está a matar não são os que, supostamente, aí estão a combater. São os que a “ajudam”, “apoiam” e “suportam”!

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17 pensamentos sobre “Quem ama realmente a Ucrânia?

  1. O glorioso exército russo, recuado das fronteiras do que diz ser seu território, protegido por minas, valas, dentes de dragão e carne pra canhão, levando com mais uns drones em casa, é atacado por gente que sabe bem qual o destino de quem se submete à mais ordinária, corrupta e imperial autarcia, que de uma máfia ideológica fez o inevitável trânsito para uma mera associação de criminosos.
    Os órfãos soviéticos e toda a canalha autoritária e antidemocrática presta vassalagem aos seus iguais!

  2. Bem,vou escrever um texto geopolítico bastante profundo baseado no excelente texto do Hugo sobre a globalização e a Russia.

    São respostas às perguntas que me fazia desde a metade do conflito ucraniano, e que observo que Putin assume cada vez mais uma posição internacional que ultrapassa a da preservação dos interesses da Rússia.

    Este é um estudo aprofundado dos movimentos esoteristas que seduzem os poderosos desde o século XVIII, no entanto,não leva ao optimismo.
    O projecto de governança global, seja rápido ou lento, dá a impressão de que as possibilidades da IA não inspiraram nada mais inteligente do que querer refazer a Torre de Babel horizontalmente.

    Putin não é um teórico, mas um praticante confrontado com o real. Confronta-se com potências que necessitam de compor e fazer alianças políticas e económicas sólidas para contrariar o mundialismo.
    Os adversários do globalismo não podem lutar estando cada um no seu canto! Devem formar um contra-poder organizado e globalizado!

    Não confundir globalização dos intercâmbios (culturais, econômicos, tecnológicos…) com globalismo. A globalização é um fenómeno que começou desde o alvorecer da humanidade e que se amplificou inevitavelmente com as novas tecnologias de comunicações, de transportes…mas não é mundialismo!

    É claro que Putin é um alter-globalista: O que são os BRICS? Uma reunião entre chefes de bairro diante de um chá de limão? Se Putin é um mundialista, então é por pragmatismo, por lucidez, mas Putin rejeita o fundamento luciferiano e a desconfiança à lei do Alto que constituem o substrato do mundialismo, tal como se construiu…

    Putin é um globalista paradoxal, porque pretende, através de um voluntarismo consciente e actuante, sanear a definição do mundialismo perante a história. Ele acha o conceito interessante e até inevitável. A Rússia não vê qualquer inconveniente em adoptar a vertente tecnológica do roteiro mundialista, mas rejeita a sua mantra satanista (sexualização das crianças, fluidez de género,etc,etc,): Putin compreendeu que nem tudo é de deitar fora nem de engolir. Trata-se de mundialismo selectivo, oportunista, racional, paradoxal. Enquanto a Rússia se serve da globalização, nós, servos do Ocidente, estamos ao serviço da globalização.

    O exemplo da digitalização económica, é quase uma obrigação para continuar a trocar com os parceiros mundiais sem perder o vagão. A Rússia não pode ficar com malas de Rublos para negociar com a Índia, China e companhia. A modernização e o desenvolvimento de uma estrutura eficaz é essencial, sobretudo se a concorrência com o Ocidente for forte. Uma estrutura supranacional é indispensável se os Brics se unem.O problema não é o progresso, mas o que se faz com ele.

    97% da moeda já está informatizada e em quase todos os países (mesmo pobres).
    Índia tem bancarizado 500 milhões de pessoas desde 8 de novembro de 2016 (Uma Índia “100% digital”). A digitalização da moeda, ou seja, a criação de uma Moeda Digital do Banco Central (MNBC) serve para fazer desaparecer os 3 últimos por cento físicos e anônimos em notas e moedas e não para seguir a simples globalização comercial do mundo.

    O objectivo é dispor de uma moeda programável para que os povos não possam dispor dela como desejam. Os bancos comerciais serão reduzidos ao mínimo e as nossas contas serão ligadas directamente ao BCE. Estando todos os países em falência hoje, dir-nos-ão quando poupar ou, pelo contrário, quando não poupar, fundindo esta moeda nas nossas contas (burn da moeda) se não a gastarmos suficientemente depressa.

    É o início da sovietização monetária. No início nos dirão que é apenas a moeda para simplificar a nossa vida com códigos QR sem especificar que é para evitar a falência, mas será para ir em seguida para o crédito social. Se não estivermos de acordo com o partido (pois a política mudará ao mesmo tempo), não poderemos utilizar este ou aquele serviço, desde o transporte aéreo ao transporte público e tudo o que rege uma vida. Daí o golpe climático e muitos outros para nos fazer ceder
    E é por isso que querem digitalizar as nossas identidades.

    No que diz respeito a Portugal, a moeda 100% digital e o desaparecimento do dinheiro acontece por volta de 2026 princípio de 2027 com o “cash+” ou chamado “euro digital”. O Cash+ digitaliza as moedas e as notas e prometem-nos que continuará a ser dinheiro digital anónimo, mas é falso.

    Paralelamente, continuarão a digitalizar os documentos oficiais num único cartão nacional para criar um crédito social por volta de 2040 até nos habituarmos e de acordo com as dificuldades que encontrarem.
    Hoje a China não tem mais dinheiro físico, os pobres têm um código QR no fundo do chapéu para receber o dinheiro , mas eles ainda não têm crédito social ao contrário do que diz a propaganda ocidental porque ainda não está pronto nível de IA e câmeras de segurança.

    Vocês pode pesquisar com as palavras-chave que eu deixei para vocês como MNBC, Cash + Euro digital, burn de moeda.
    (O Cash + não tem nenhuma relação técnica com criptomoedas, exceto que é programável, mas centralmente).

    Dado que os judeus são os mestres da finança e, por conseguinte, chefes dos políticos (presidentes da República como senadores, deputados…), torna-se obrigatório jogar o seu jogo para defender o seu povo na menor medida do mal possível.
    Num mundo onde o presidente não controla tudo, a sua colaboração com submissos, círculos de influência judaica, maçons,etc,etc…, não indica em nada o seu consentimento prévio a estes ditos pensamentos ideológicos…

    Existem realidades que vão além da mera vontade da política geral de um determinado presidente, como a digitalização de vidas, moedas, identidades, IA, automação, são tendências inegáveis e potencialmente muito benéficas ou muito desastrosas. O principal está nas mãos de quem será. Mesmo com as uniões económicas, blocos regionais, o essencial é que os Estados mantenham a sua soberania, o que é possível.

    Hoje, a China e a Rússia conseguiram criar e gerenciar sua Internet autônoma nacional. Esse é o exemplo dessas tendências citadas. Putin sabe o que está fazendo ao optar por uma escolha estratégica sobre a China..

    Mais do que anglo-saxão, judaico-ocidental em vez disso, a Rússia inclui, bem como os Brics e a China, todos eles trabalham para o Capital mantido por aqueles que não podemos nomear.

    Putin é pragmático porque não tem escolha sendo realista!

    A URSS não estava neste projeto globalista desde que Stalin tinha vencido Trotsky e a Rússia saiu deste projeto desde então (se é que estava lá )que a NATO recusou a entrada da Rússia.

    No entanto, não posso deixar de pensar que os atalhos utilizados por os globalistas, que talvez escondam outros menos visíveis, têm por objectivo fazer com que a Rússia seja absolutamente partidária do mundialismo.

    Penso que a Rússia, está melhor neste momento, tanto é visível a decadência do Ocidente . Mas não façamos dele um paraíso, ninguém é perfeito neste mundo em constante mudança

    É curioso como a mídia insiste sobre as origens judaicas de Zelinski e são totalmente mutáveis sobre as de Prigojine, pelo menos no ocidente…

    Fiz uma grande pesquisa da gênese de infiltrações maçônicas em aparelhos de estado muito interessante não negligenciável para compreender a história, bem como a arquitetura política e filosófica do sistema político russo de hoje.

  3. “Num mundo onde o presidente não controla tudo, a sua colaboração com submissos, círculos de influência judaica, maçons,etc,etc…, não indica em nada o seu consentimento prévio a estes ditos pensamentos ideológicos…”
    What?!

    “Fiz uma grande pesquisa da gênese de infiltrações maçônicas em aparelhos de estado muito interessante não negligenciável para compreender a história, bem como a arquitetura política e filosófica do sistema político russo de hoje.”
    WHAT???!!!

    Conspirações judaicas e maçónicas?! Eh pá, André, onde é que eu já ouvi isso? Um deles parece que se chamava Stepan Bandera e tem agora o nome em inúmeras ruas e praças da Ucrânia.

    • Falar em Bandeira, Hitler, etc não é argumento!
      .
      Exemplo: quando os Identitários falam no Ideal de Liberdade que esteve na origem da nacionalidade [«ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo]… a parasitagem que não gosta de trabalhar para a sustentabilidade, e anda a cobrar 100 euros por colchão (de casas que herdaram dos pais/avós) vocifera logo: «Hitler também falava em Identidade, os Identitários devem ser um alvo a abater».

  4. O autor do post descreve o estado actual da Ucrânia como o resultado da acção do Ocidente, sem que a invasão e destruição causada pela Rússia seja mencionada; tudo se resume a que os ucranianos não se entregaram com a devida festa e gratidão ao poder de quem tanto os ama e sempre amou.
    Desprezando os costumeiros corais reverenciais, aparecem elaborados e confusos contributos atribuindo um qualquer plano de mundialização a um chefe de cáfila imbuído de memórias imperiais, que o abrirem-se portas à aproximação da sua insignificante figura seguramente promoveram.
    Entre o que em final parece poder reduzir-se à versão digital do projecto que em finais do século XIX pela primeira vez nomeou o cartão de crédito, aparece um restolho de conceitos que sempre acaba no mesmo: a pata imperial a sugerir um qualquer idealismo!!!

  5. Euronews:
    «A Ucrânia luta com a Rússia e com a recusa de milhares de ucranianos a participar na guerra. Muitos tentam fugir do país, ou pagam milhares de dólares em subornos para evitar o recrutamento.»

  6. Guerra e negócios:
    «Até junho de 2023, as importações nacionais de gás natural liquefeito à Rússia cresceram para quase 200 milhões de metros cúbicos, o que deixou o país no pódio de fornecedores de GNL do Terminal de Sines, depois da Nigéria e dos EUA». – Jornal de Negócios

  7. Jornal Público:
    «Polónia, Hungria e Eslováquia rompem acordo da UE que liberalizou comércio de cereais da Ucrânia
    Bulgária e Roménia já avisaram Bruxelas que também podem repor quotas e tarifas para proteger os seus mercados. Posição de força mostra a dificuldade da UE em manter frente unida no apoio a Kiev».

  8. CNN Notìcias:
    «Os embaixadores da Rússia e da Bielorrússia voltaram a ser convidados para o jantar do Prémio Nobel, depois de no ano passado os representantes dos dois países terem sido excluídos, na sequência da invasão russa à Ucrânia.

    A fundação defende-se, dizendo que está a “alargar os convites” àqueles que não partilham os valores do Prémio Nobel.

    “É claro que o mundo está a dividir-se cada vez mais em duas esferas, onde o diálogo entre visões diferentes é reduzido”, disse o diretor-executivo da Fundação Nobel, Vidar Helgesen.

    E é para “contrariar essa tendência” que o convite é estendido a estes dois países

  9. CNN Notícias:
    «Chega de Moscovo a Lisboa em nove minutos e pode destruir um país inteiro: o míssil a que chamam “Satanás II” já está ao dispor da Rússia.
    Foram desenhados para atravessar continentes, mais concretamente para atingir a Europa ou os Estados Unidos. A uma velocidade de 25 mil quilómetros por hora, os mísseis Sarmat podiam chegar de Moscovo a Lisboa em apenas nove minutos, sendo que apenas uma das várias ogivas nucleares que pode transportar chegaria para destruir a capital portuguesa».

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